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Movimentos entregam cavirtualcasino -rta a Lula com proposta de Cúpula dos Povos

Cerca de 40 organizações e movimentos populares entregaram ao governo brasileiro uma carta com a proposta de realização de uma Cúpula dos Povos na 30ª Conferência da Organização das Nações Unidas (ONU) sobre Mudanças Climáticas,virtualcasino - que ocorre em novembro de 2025, em Belém, no Pará.

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O documento foi entregue durante a COP28, neste domingo (3), em Dubai, nos Emirados Árabes, para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) pelas mãos da integrante do Grupo Carta de Belém, Maureen Santos. No documento, os movimentos relatam a decisão das signatárias de construir um "amplo processo autônomo da sociedade civil organizada denominado Cúpula dos Povos da COP 30".

Maureen Santos explica que o principal objetivo será promover os debates que as organizações vêm elaborando sobre justiça climática. "Pensando a Amazônia, mas fazendo conexões também com outros biomas do Brasil e outras lutas populares do país, da América Latina e dos espaços globais", acrescentou.

A carta foi entregue em conjunto com ministros, incluindo Márcio Macedo, da Secretaria Geral da Presidência da República, Marina Silva, ministra do Meio Ambiente e Mudança do Clima e Sônia Guajajara, ministra dos Povos Indígenas.

“Reconhecemos os processos históricos e existentes de construção da convergência popular na Pan-Amazônia e da solidariedade entre os povos do mundo frente aos impactos da crise climática e que os mesmos não chegam da mesma forma para todes”, afirmam as organizações no documento entregue a Lula.

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“Vivemos uma conjuntura de grandes desafios num contexto de crise ecológica, climática e civilizacional da atualidade. Frente ao avanço da extrema direita no mundo e contradições que ainda persistem entre outras vertentes políticas, o debate climático é especialmente crucial do ponto de vista da construção de lutas comuns e para o avanço no processo de interconexões entre os movimentos sociais, redes e alianças da sociedade civil.”

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No conteúdo da carta, as organizações destacam a necessidade de envolver ativamente organizações e povos da floresta no debate e na construção da política climática. Salientam que o debate climático é crucial para a construção de lutas comuns e para o avanço nas interconexões entre movimentos sociais, redes e alianças da sociedade civil.

Leia a íntegra da carta:

Rumo à Cúpula dos Povos da COP 30

Nós, movimentos sociais e sindicais, redes, organizações de representações de mulheres, povos indígenas e tradicionais, da Amazônia brasileira e de outros biomas brasileiros abaixo assinados, estivemos reunidos em Brasília, nos dias 31 de outubro e 01 de novembro, e decidimos construir um amplo processo autônomo da sociedade civil organizada denominado Cúpula dos Povos da COP 30.

A Cúpula dos Povos da COP 30 reunirá centenas de organizações da sociedade civil demandando uma agenda comum socioambiental e climática do governo brasileiro e do restante do mundo. Como próximos passos ampliaremos esse processo e será divulgado um calendário de lutas e atividades com vista a essa construção de unidade na diversidade.

Reconhecemos os processos históricos e existentes de construção da convergência popular na Pan-Amazônia e da solidariedade entre os povos do mundo frente aos impactos da crise climática e que os mesmos não chegam da mesma forma para todes.

Vivemos uma conjuntura de grandes desafios num contexto de crise ecológica, climática e civilizacional da atualidade. Frente ao avanço da extrema direita no mundo e contradições que ainda persistem entre outras vertentes políticas, o debate climático é especialmente crucial do ponto de vista da construção de lutas comuns e para o avanço no processo de interconexões entre os movimentos sociais, redes e alianças da sociedade civil.

Trabalharemos nos próximos dois anos para que esse Cúpula dos Povos dê seguimento aos processos históricos de lutas populares latino-americanos e para que a COP 30, que ocorrerá no Brasil em 2025, seja um marco para o enfrentamento da profunda desigualdade socioambiental e do racismo estrutural que vivemos e para o avanço de políticas comuns frente à crise climática.

Assinam:

Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (APIB)
Associação Brasileira de Organizações Não Governamentais (ABONG)
Articulação de Mulheres Brasileiras (AMB)
Articulação Nacional de Agroecologia (ANA)
Articulação de Agroecologia da Amazônia (ANA Amazônia)
Assembleia Mundial pela Amazônia (AMA)
Campanha Nacional em Defesa do Cerrado
Central Única dos Trabalhadores (CUT)
Coalizão Negra por Direitos
Comissão Nacional de Fortalecimento das Populações Extrativistas (CONFREM)
Comitê Brasileiro de Defensores e Defensoras de Direitos Humanos (CBDDH)
Conselho Nacional de Juventudes pelo Clima e Meio Ambiente (CONJUCLIMA)
Coordenação das Organizações Indígenas da Amazônia Brasileira (COIAB)
Coordenação Nacional de Articulação de Quilombos (CONAQ)
Confederação Nacional dos Trabalhadores da Agricultura Familiar (CONTRAF)
Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura (CONTAG)
Frente Brasileira contra o Acordo UE-Mercosul e EFTA-Mercosul
Fórum Brasileiro de ONGs e Mov Sociais para Meio Ambiente e Desenvolvimento (FBOMS) Fórum Mudanças Climáticas e Justiça Socioambiental (FMCJS)
Fórum Social Pan-Amazônico (FOSPA)
Grupo Carta de Belém (GCB)
Grupo de Trabalho Amazônico (GTA)
Marcha Mundial das Mulheres (MMM) – Brasil
Movimento Escazu Brasil
Movimento dos Atingidos por Barragens (MAB)
Movimento de Mulheres Camponesas (MMC)
Movimento dos Pequenos Agricultores (MPA)
Movimento pela Soberania Popular na Mineração (MAM)
Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (MST)
Movimento dos Trabalhadores/as Sem Teto (MTST)
Rede Brasileira de Justiça Ambiental (RBJA)
Rede Brasileira pela Integração dos Povos (REBRIP)
Rede Cerrado
Rede Mata Atlântica
Rede Eclesial da Pan-Amazônica (REPAM)
Rede Nacional de Povos e Comunidades Tradicionais (RNPCT)
Observatório do Clima (OC)
União Nacional dos Estudantes do Brasil (UNE)
Teia Carta da Terra Brasil
Via Campesina Brasil

Leia também: "Vamos à COP28 dizer que é preciso colocar dinheiro no povo da floresta", diz Lula em Belém

Edição: Vivian Virissimo


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